O Made In Brazil teve seu início em 1967, na Pompéia em São Paulo, berço de grandes bandas da história do Rock brasileiro, pois foi lá também que os irmãos Arnaldo e Sérgio Dias fundaram Os Mutantes, juntamente com Rita Lee, que depois viria a formar o Tutti Fruti, com Luiz Carlini e Lee Marcucci.
O fim dos anos 60 marcava um grande movimento do Rock no Brasil, movimento esse que atingiu os irmãos Oswaldo (vocal, guitarra, gaita, baixo) e Celso Vecchione(guitarra, baixo, auto-harp, teclados), que ouviam sem parar discos de Elvis Presley,Jerry Lee Lewis, Little Richard e Bill Haley and His Comets. Foi justamente por causa desses últimos que os irmãos Vecchione decidiram criar uma banda de Rock N' Roll.
O primeiro disco do Made In Brazil veio em 1974, o homônimo que ficou conhecido popularmente como "o disco da banana", trouxe na formação os irmãos Vecchione,Cornelius no vocal, Fenili na percussão, Onisvaldo nos teclados, Rolando Castello "Junior" na bateria e Antônio Medeiros “Babalu” na guitarra. Os vocais vigorosos de Cornelius foram o trampolim para que o Made In Brazil se destacasse. Logo após o lançamento do álbum Junior deixou o conjunto e formou outra puta banda da história do Rock brasileiro, o Patrulha do Espaço.
Cornelius não segura a onda das viagens e a convivência diária com os outros músicos e também deixa o conjunto, sendo substituído por Percy Weiss. Fenili assume a bateria do conjunto.
Dessa forma, passam as gravações do segundo disco: Jack O Estripador que sai em1976. O disco trouxe um grande avanço ao Made pois as músicas foram escolhidas a dedo e muito bem trabalhadas.
Logo em seguida o conjunto começa uma série de grandes shows, primeiro ao lado de Rita Lee e Raul Seixas no Festival de Rock de Saquarema. Em seguida dois mega shows no Parque São Jorge (estádio do Curintia), o primeiro ao lado dos Novos Baianos, Pholhas, Sindicato (do cantor/ator Ricardo Petralia), dentre outros e o segundo com Rita Lee & Tutti Frutti e Zé Rodrix & Banda.
O conjunto prepara então o novo grande espetáculo no Teatro Aquários/SP. Massacre foi o nome dado ao show, que se iniciou na turnê de 1977, em que Oswaldo, Celso e Percy contam com a participação de Babalú e Wander Taffo nas guitarras e Juba na bateria, já que Ricardo Fenilli resolveu pendurar as baquetas.
Logo depois, novas e radicais mudanças no grupo: saem Wander Taffo e Babalú, entraDudú Chermont na guitarra. Sai também Juba, voltando Franklin Paolilo para a bateria. Celso e Dudú se revezam no teclado.
Em 1978, lançam Paulicéia Desvairada, disco que homegea a cidade de São Paulo. O disco foi tão marcante que o Made se apresentou no Teatro Municipal de São Paulo, um marco para o Rock'n'Roll no Brasil.
O começo dos anos 80 de mostrou ruim para o rock nacional, com término de muitas bandas, casos de: O Terço, Casa das Máquinas, Rita Lee & Tutti Fruti, Som Nosso de Cada Dia, entre outros. Mesmo assim, o Made continuou por cima, lançando o fodaMinha Vida É Rock 'N' Roll em 1981. Nessa época, Oswaldo já havia assumido os vocais definitivamente, após a saída de Caio Flavio e uma nova tentativa frustrada com Percy. Também participaram do álbum Ricardo “Índio” na bateria, Joaquim e Eduardonas guitarras, Rave “Javier” nos teclados, e mais as participações dos amigos “Babalu” e Wander Taffo nas guitarras, além de Rubinho nos teclados, Rubão e Cornélius nos baking vocals, Marinho, também teclados, e Dinho e Branca de Neve na percussão.
Nessa época, o Made já era para o Rock brasileiro, o que bandas como o Led Zeppelin, o Deep Purple e o Black Sabbath eram o para o rock britânico.
Cornélius retorna para os vocais em 1985, e participa das gravações de duas músicas para a coletânea Metal Rock: Kamikase do Rock e uma versão de Whole Lotta Rosiedo AC/DC denominada Quente e Gostosa.
Logo em seguida, pelo desgaste dos shows Cornelius infelizmente deixa o conjunto.
Ainda assim, no ano de 1985, vem um novo disco: Deus Salva, o Rock Alivia..., que mostra um grupo afiado, flertando em suas letras com temas super atuais para a época, como Malvinas (O Pessoal do Rock), sobre a guerra das Malvinas, Live Aids (A Revolta dos Deuses), sobre a AIDS e Cometa Rock, sobre a passagem do Cometa Halley. A formação do álbum foi Oswaldo (vocal e baixo), Celso (guitarra), Daniel Geber(guitarra-solo) e Nelson Pavão (bateria).
O sucesso de Deus Salva, o Rock Alivia... foi tão grande, que a gravadora da banda resolveu soltar um disco ao vivo, que havia sido gravado em 1984. O disco para ser um álbum duplo, mas a gravadora preferiu lançar dois álbuns: Made In Pirata, Vol.1 e Vol. 2, que saem em 1986.
O começo dos anos 90 marcou a realização de grande sonho de Oswaldo, que era lançar um disco com elementos de Blues e Rhythm 'N' Blues e trouxe Daniel Gerber novamente para a guitarra, convidou Mauro Antunes pra bateria, Wander Issa pros teclados,Edgard Chermont pro sax, Deborah Carvalho (que viria a ser a 5a Sra. Vecchione),Tibet e Ana Ayres pros backings e Joaquim Carlos Rendeiro Kelh para a guitarra.
Assim, lançam In Blues em 1992. Em 1995, iniciam as gravações de Sexo Blues & Rock 'n' Roll, que marca a entrada Rick Vecchione, sobrinho de Celso e filho de Oswaldo, que assumia a bateria da banda. As gravações do álbum chegam até o ano de1997, quando os músicos chamam diversos amigos para participarem da gravação da música Rock da Pompéia, uma homenagem ao bairro em que cresceram. Participam dessa gravação: Nasi (Ira!), Roger (Ultraje A Rigor), Catalau (ex-Golpe de Estado), Pitt Passarel (Viper), Paulão de Carvalho (Velhas Virgens), Kid Vinil (Verminose), Clemente (Inocentes), Paulo Levy (Boca Roxa Blues Band), Tony Campello, Simbas (Casa das Máquinas), Nenê (Os Incríveis), Sérgio Hinds (O Terço), João Ricardo (Secos & Molhados) e os três primeiros vocalistas do Made, Cornélius “Lucifer”, Percy Weiss e Caio Flávio.
Sexo Blues & Rock 'n' Roll saiu em 1998, com a seguinte formação: Oswaldo Vecchione (vocal, baixo, guitarra, gaita e percussão) Celso Vecchione (guitarra, baixo e teclado), Rick Vecchione (bateria) e Deborah Carvalho (vocal e percussão). Colaboraram ainda Wander Issa (teclado e baixo), Octavio “Bangla” Lopez (sax), e nas guitarras Antônio Medeiros “Babalu”, Serafim “Fim “Buontempi” e Alejandro “Ale” Marjanov. Fizeram ainda uma participação especial alguns amigos e astros do rock ‘n’ roll brasileiro como Sérgio Dias (Ex-Mutantes), André Christovam e Luís Carlini na guitarra, Charles Gavin (Titãs), Júnior (Rolando Castelo -Patrulha do Espaço) e Nelson Pavão (Ex- Made) na bateria.
O Made In Brazil passou então a trabalhar num disco acústico, o que originou Fogo Na Madeira (Ao Vivo - Acústico), que foi lançado em 2000. O resultado foi tão bom, que no ano seguinte, lá estava o Fogo Na Madeira 2.
Em 2005, lançam o disco Massacre, que havia sido gravado em 1977, mas foi censurado na época. Já em 2008, sai o último disco de estúdio o Made até então: Rock De Verdade!.
Logo no início de 2009, o Made sofreu o maior baque de sua história, com o suicídio de Deborah Vecchione.
A formação atual do Made In Brazil conta com os irmãos e o sobrinho e filho Vecchione, além de Fábio Brum (guitarra), Octavio Lopes "Bangla" (sax), Roberta e Paula (back-vocal) e Tiago Mineiro (teclados).
Como vocês devem ter percebido, as mudanças na formação da banda foram constantes, na verdade, ao todo são mais de 200, o que levou o Made In Brazil ao Guinness Book, como a banda em atividade que teve o maior número de formações no mundo.